30 de setembro de 2011

Eu amo tudo que me toca a alma, que me conquista, ainda que não permaneça.
Amo tudo que desperta minha curiosidade, o desejo de saber e, de repente, descobrir que nada sei. Aposto minhas fichas no caminho, mesmo sem saber o meu destino. Desejo boas-vindas às boas companhias, aquelas que, por bem ou mal, me fazem aprender e permitam que eu cresça.
Acredito na verdade por discernimento e na mentira por opção, mas nada me faz viver por meias palavras, melhor que se aquietem. Mais vale uma boa dose de silencio, com essa mesma dose eu brindo a denuncia de um olhar, pois são “palavras” verdadeiras e compreendidas sem esforço! 
Eu me amo e sou assim! 
V.L.

25 de setembro de 2011

Namorar é a forma bonita de viver um amor.

Namora, quem lê nos olhos e sente no coração as vontades saborosas do outro.

Namora, quem se embeleza em estado de amor A pele melhora, o olhar com brilho de manhã.

Namora, quem suspira, quem não sabe esperar, mas espera, quem se sacode de taquicardia e timidez diante da paixão, quem ri por bobagem, quem entra em estado de música, quem sente frios e calores nas horas menos recomendáveis.

Namorados que se prezam têm a sua música. E não temem se derreter quando ela toca. Ou, se o namoro acabou, nunca mais dela se esquecem.

Namorados que se prezam gostam de beijo, suspiro, morder o mesmo pastel, dividir a empada, beber no mesmo copo. Apreciam ternurinhas que matam de vergonha fora do namoro ou lhes parecem ridículas nos outros.

Por falar em beijo, só namora quem beija de mil maneiras e sabe cada pedaço e gostinho da boca amada. Beijo de roçar, beijo fundo, inteirão, os molhados, os de língua, beijo na testa, beijo livre como o pensamento, beijo na hora certa e no lugar desejado. Sem medo nem preconceito.
Beijo na face, na nuca e aquele especial atrás da orelha no lugar que só ele ou ela conhece.

Namora, quem começa a ver muito mais no mesmo lugar que sempre viu e jamais reparou. Flores, árvores, a santidade, o perdão, Deus, tudo fica mais fácil para quem sabe de verdade o que é namorar.

Por isso só namora quem se descobre dono de um lindo amor, tecido do melhor de si mesmo e do outro.


Só namora quem não precisa explicar, quem já começa a falar pelo fim, quem consegue manifestar com clareza e facilidade tudo o que fora do namoro é complicado.


Namora, quem diz: "Precisamos muito conversar"; e quem é capaz de perder tempo, muito tempo, com a mais útil das inutilidades e pensar no ser amado, degustar cada momento vivido e recordar palavras, fotos e carícias com uma vontade doida de estourar o tempo e embebedar-se de flores astrais.


Namora, quem fala da infância e da fazenda das férias, quem aguarda com aflição, o telefone tocar e dá um salto para atendê-lo antes mesmo do primeiro trim.


Namora quem namora, quem à toa chora, quem rememora, quem comemora datas que o outro esqueceu.


Namora quem é bom, quem gosta da vida, de nuvem, de rio gelado e de parque de diversões.

ARTUR DA TÁVOLA


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